Frase estranha, contraditória e ambígua para quem lê ou ouve ela solta e sem uma explicação adequada. Que pode ser interpretada à primeira vista como uma forma de preguiça e uma futura fuga do trabalho.

Mas então vou iniciar a explicação desta minha teoria que vem sendo construída ao longo de alguns anos. E por onde começou essa construção?

Iniciei minha vida profissional formal aos 16 anos em uma fábrica de calçados, trabalhei quase 2 anos, onde tinham metas diárias de produção quase inalcançáveis. Aos poucos, para trabalhar mais tranquilo e conseguir atingir as tais metas, comecei a analisar como cada processo era ensinado para  tentar otimizá-lo, e assim fiz a cada tarefa que me era repassada. Aos poucos fui evoluindo, começava a sobrar tempo o que possibilitava aprender outras tarefas, além de surgir oportunidades de crescimento na atual empresa. Aos 18 anos fui para o Exército, através do alistamento obrigatório. Mesmo sem experiência no ofício de cozinheiro, comecei ajudando nos processos de confecção da alimentação de toda a unidade.Após um período de treinamento estava trabalhando como cozinheiro, com a responsabilidade de fazer entre 300 e 800 refeições nos dias que estava na escala de serviço. Me vi assustado e com a sensação de não ser possível “dar conta”, mas encarei e aos poucos comecei a utilizar a mesma estratégia empregada na fábrica e não é que deu certo novamente. Ia trabalhando e avaliando como poderia organizar melhor o trabalho e otimizar cada processo realizado, assim conseguia cozinhar com qualidade e entregar uma alimentação adequada e nos horários corretos.     Nesses 2 períodos não deixei de estudar, foram os 3 anos em que fiz o ensino médio. Então comecei a perceber a necessidade da organização e otimização dos processos também na vida pessoal, pois era necessário se organizar sempre mais para atender todas as demandas das aulas em concomitância com o trabalho.

Depois de um hiato de um trabalho mais tranquilo, com carga horária menor e  somente a realização do curso Técnico em Informática. Com 22 anos iniciei a graduação em Ciência da Computação e a trabalhar como único responsável da TI de uma prefeitura.Desafios grandes individualmente, e somados sinceramente achei que não conseguiria, diversas vezes pensei em desistir. Mas agora mais experiente em relação às estratégias que já tinha utilizado anteriormente e que vinham dando certo, arrisquei e novamente fui pensar como poderia organizar melhor tudo e todas as atividades que era necessário desempenhar. Nesta fase começou de fato o “Trabalhar para não trabalhar”, pois eram muitas demandas no trabalho,  além das atividades acadêmicas. Foi quando começou uma busca, que persiste atualmente, por ferramentas, técnicas, metodologias de otimização, organização, produtividade e qualidade de vida.

E esta construção segue no trabalho atual que iniciei em meados de 2011, passando a criar práticas e colaborando para o início da cultura de organização no setor de TI.

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